Ou seja, o Regimento tem um valor relativo sujeito a interpretações arbitrárias que podem ser contrárias ao próprio texto em aspectos em que ele é explícito.
Daremos a conhecer os projectos censurados. O primeiro diz respeito à abertura do Boletim Municipal a textos de todos os partidos e de cidadãos, deixando de ser um meio de propaganda à custa do dinheiro público. O segundo pretende assegurar a preservação do Monte da Cruz e do seu Cruzeiro (na Charneca), património de elevado valor histórico e espiritual, ameaçado pela construção do IC32. O terceiro visa repor a legalidade nas Terras da Costa, onde a Câmara Municipal de Almada pretende à força erguer betão em solo agrícola, à margem dos processos judiciais em curso.
São certamente textos sobre assuntos de elevado interesse para o município, mas incómodos para uma maioria comunista que não tolera o contraditório. E que se prepara para deixar delapidar o que resta de Almada em nome da especulação imobiliária. Talvez pensem que assim nos calam. Mas o CDS não está comprometido com cargos públicos ou reformas douradas. E continuará a lutar por aquilo em que acredita.