domingo, 5 de setembro de 2010

Provedor de Justiça analisa Estrada da Vergonha

Há muito que o CDS é a única força partidária a bater-se contra a construção da Estrada da Vergonha. Agora surge a notícia: o Provedor de Justiça abre processo de inquérito à Câmara Municipal de Almada e à Estradas de Portugal sobre a Estrada Regional 377-2, e torna-o público em comunicado à imprensa. Depois do Tribunal, a quem aliás desobedeceu, vem agora o Provedor incomodar a Grande Timoneira na sua saga heróica de dar cabo do património de Almada.

Que a Presidente Emília saiba que nem todos estão rendidos aos rendimentos do betão.

6 comentários:

EMALMADA disse...

Temos todos de lamentar toda e qualquer colaboração que a oposição deu "à grande timoneira" e seus boys, através de apoios explícitos para negociatas e outros, quer de apoios passivos ou pelo silêncio que mantiveram diante dos desmandos e prepotências da ditadora contra as populações e seus legítimos interesses.
Eis porque Almada se encontra num estadio de subdesenvolvimento e promiscuidade democrática preocupante!

Anónimo disse...

Será que os problemas (e são muitos) em Almada ficam resumidos pela Costa. Já cansa ler os blogues do CDS, mais parece um disco riscado. Acreditei sinceramente que o CDS tivesse uma visão mais aberta aos problemas no concelho de Almada mas pelos vistos não tem. Se o CDS não mudar de estratégia politica, nas próximas eleições autárquicas será um desastre.

Fernando Sousa da Pena disse...

Caro Anónimo, com todo o respeito, não tem razão. Se tomar atenção, temos seguido o nosso programa eleitoral - que convido a ler - e temos feito muito mais do que cuidar apenas do que se passa na Costa.

No entanto, as questões do Polis e da ER 377-2 são verdadeiramente nucleares, porque está em causa património de interesse NACIONAL, muito dinheiro e o futuro do concelho.

Como quer que não sejamos incisivos num plano de reabilitação (?) que depois de centenas de milhões de euros é confrangedor? O CDS tinha alternativas e apresentou-as em devido tempo.

Como quer que não estejamos profundamente empenhados na luta contra um projecto terrível e inútil, que ameaça Reserva Agrícola, Reserva Ecológica, Paisagem Protegida, Reserva Botânica e o modo de vida ancestral de dezenas de famílias?

Como quer que nos calemos face ao desrespeito que esta Câmara tem pelas regras elementares do Estado de Direito?

Como acha que isso representa uma visão fechada de Almada?

Não, não mudaremos de estratégia, e o resultado eleitoral dependerá dos cidadãos do concelho de Almada.

Não, não estamos rendidos ao sector imobiliário nem esperamos das nossas funções públicas reformas douradas.

Anónimo disse...

Um simpatizante do bom senso.
Concordo plenamente com a vossa atitude em relação ás terras da costa mas não podem esquecer que há muitos problemas no concelho de Almada, vou deixar aqui um pequeno exemplo, eu moro no Monte de Caparica, conhece? Tem conhecimento real da miséria aqui existente? (Atenção, quando eu digo conhecimento real, não é ler as noticias dos jornais) Sabia que existem pessoas a viver em barracas? Sabia que o Monte de Caparica é uma escola de crime? Onde se sai com “diploma” de tráfico e consumo de droga, tráfico de armas, assaltos violentos, prostituição etc. na Costa falamos de uma estrada que vai destruir a Mata dos Medos o saque aos agricultores, dos milhões de euros mal gastos. Aqui no Monte de Caparica falamos de centenas de famílias que correm o risco diário de serem assaltadas violentadas ou assassinadas, onde vivemos 24 horas com medo. Acho muito bem preservar uma reserva florestal, agrícola, biológica, mas preservar a vida uma humana é muito mais importante. Não concorda?
Das secções de Câmara que assisti nunca ouvi discutirem estes problemas do Monte. Porque?
Será que não temos problemas suficientes para serem discutidos?

Fernando Sousa da Pena disse...

Muito obrigado pela chamada de atenção. Não tenho qualquer dúvida de que a vida humana é primordial relativamente a qualquer outra questão e verá mais iniciativas nossas (projectos de deliberação) nesse sentido, na Assembleia Municipal, até ao final do ano.

A complexidade do que se passa no Monte exige urgência mas também uma acção que ultrapassa o âmbito municipal. E, como sabe, tem sido o CDS a levantar questões prementes no plano da segurança das pessoas e da propriedade.

Por outro lado, a situação que lá existe é também consequência de políticas urbanísticas desastrosas, que temos combatido sozinhos na Assembleia Municipal e na nossa intervenção pública. E apresentámos alternativas muito claras.

É pelas pessoas que estamos interessados na protecção da paisagem. Uma cidade mais humana não pode estar subjugada ao betão e ao desleixo do espaço público. Tudo isso está a montante dos graves problemas que refere.

Por fim, como sabe o CDS não tem assento na Câmara Municipal, pelo que não pode esperar iniciativas nossas nesse órgão...

Anónimo disse...

Ao Sr. Anónimo, com todo o respeito e educação, mas se ler atentamente os blogues do CDS verificará que não é bem assim. Contudo, cabe também aos munícipes fazerem parte de um todo, interessado, nos problemas do concelho que acabam por ser os problemas de todos nós.
Convido todos os munícipes que quando tenham situações que queiram denunciar, sugerir ou informar, o façam junto da bancada municipal do CDS/PP ou mesmo para o email cds.almadaxxi.yahoo.com
Penso que assim, ficamos todos a ganhar.

Obrigadissimo pela sua colaboração.

António Pedro Maco
Deputado Municipal CDS/PP e
Presidente CDS/PP Almada