sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Repugnante

Assembleia Municipal de Almada, 16 de Dezembro. Com uma posição repugnante, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda votaram contra uma iniciativa do CDS que visava o auxílio a tantas famílias em situação desesperada. Cegueira ideológica verdadeiramente criminosa. O texto apresentado pelo CDS é o seguinte:


Travar o desperdício alimentar

Os tempos que o País vive são de crise generalizada. O aumento das despesas e encargos financeiros, a diminuição dos salários e o aumento do custo de vida têm dificultado, cada vez mais, a vida dos Portugueses. Assiste-se hoje a um crescimento exponencial da pobreza, muita dela escondida, mostrando a realidade daqueles que são já denominados como os “novos pobres”.

Esta crise afecta as famílias portuguesas com menor poder de compra levando, consequentemente, a um acesso mais dificultado a bens de primeira necessidade. Infelizmente, esta realidade tende a agravar-se.

Toneladas de alimentos e refeições provenientes de serviços de catering são, diariamente, colocadas no lixo, bem como os desperdícios alimentares dos restaurantes e das refeições confeccionadas nos supermercados.

Pretende-se com esta Moção reduzir o desperdício de alimentos da restauração e cantinas, através do aproveitamento das sobras, de modo a serem distribuídas pelos mais necessitados, à semelhança do que tem vindo a ser promovido noutros concelhos.

Esta iniciativa já conta com o apoio da ARESP, da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da ASAE, na criação de programas de âmbito local que sejam executados pelas autarquias para encontrar soluções contra o “desperdício alimentar”.

Também na Assembleia da República todas as forças políticas reconheceram o admirável e exemplar exercício de cidadania relativamente à tomada destas medidas, correndo mesmo uma petição em favor das mesma.

Neste sentido, a Assembleia Municipal de Almada, atenta aos problemas da Cidade, não pode ficar alheada da sua obrigação de propor ao Município medidas que ajudem as famílias Almadenses a superar os actuais e futuros tempos difíceis.

Apelamos à Câmara que, enquanto órgão executivo, estabeleça as “pontes” necessárias para o alargamento desta iniciativa a várias instituições, sejam privadas ou públicas, de modo a que possamos chegar, efectivamente, a todas as famílias desprotegidas da Cidade.

Estamos perante uma realidade e uma necessidade séria à qual não podemos ficar indiferentes. É necessário agir e rapidamente. O Município deve apresentar medidas concretas que facilitem iniciativas como esta, vindas da sociedade civil, que ajudam as famílias mais carenciadas da cidade de Almada. É obrigação de todos, principalmente daqueles que têm responsabilidades políticas, travar este “obsceno” desperdício alimentar.

O País e a cidade de Almada não podem esperar.

Estamos certos de que várias empresas, através do mecenato e da responsabilidade social, as IPSS, as escolas, as Universidades, as Paróquias e o voluntariado vão ajudar ao desenvolvimento de programas contra o desperdício alimentar.

Face aos considerandos anteriores, a Assembleia Municipal de Almada reunida a 16 de Dezembro de 2010 recomenda à Câmara Municipal de Almada que:

a) Promova o encontro urgente de Juntas de Freguesia, IPSS, Paróquias, Escolas, Universidades, ARESP, Associações e Bancos de Voluntariado entre outros, não excluindo empresas privadas, no sentido da concertação de esforços no combate ao desperdício alimentar e à criação de sinergias destinadas à criação associativa ou empresarial de programas locais de combate ao desperdício alimentar.

b) Disponibilize o conhecimento das necessidades sociais e alimentares das famílias carenciadas da Cidade de que dispõe, em articulação com as Juntas de Freguesia, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as Paróquias, a todos os parceiros desses programas de combate ao desperdício alimentar.

c) Auxilie, quer nas condições estruturais, quer na procura dos meios, locais e equipamentos, os parceiros desses programas, contribuindo para que estas refeições possam chegar perto de quem necessita, em estreita colaboração com as entidades competentes, em particular com a ASAE.

Os deputados municipais proponentes

António do Livramento Maco
Fernando Sousa da Pena

2 comentários:

EMALMADA disse...

O PCP não abre mão de aparecer junto dos mais carenciados como o salvador das desgraças, que eles criam,ajudam ou ajudaram a criar.
Muito do subdesenvolvimento e miséria que se vive em Portugal e em Almada tem sido fruto da politica de terra queimada praticada pelo PCP e a que a Câmara Comunista ou dita, de Almada através da sua presidente não é alheia.
As grandes indústrias desapareceram de Almada devido às greves selvagens fomentadas pelo PCP e seus miltantes.
A perversão dos autarcas do BE leva-os a fazerem panelinha com os comunistas . Por alguma razão é.
Ao PCP e à Câmara de Almada interessa ter os seus pobrezinhos sob controle para a colheita dos votos.
Dos votos destes pobrezinhos o BE não verá um.
Como queriam só protagonismo fizeram-se muleta do PCP.
Assim já são autarcas facilmente e convenientemente ou de conveniência!

Há BE em Almada?
Já temos a NOVA CDU em Almada- PCP/Verdes/Autarcas do BE

Fernando Sousa da Pena disse...

PCP e BE mostraram um desprezo enorme pela vida das pessoas, em nome de uma política de sótão inaceitável. Hoje voltaram ao assunto, mas foi pior a emenda...