O título do filme foi a primeira coisa que me ocorreu depois de ler o relato dos acontecimentos passados na segunda-feira.
No século XXI, os comunistas de Almada ainda não perceberam que a história já os condenou há muito. Enredados em investigações, buscas e processos judiciais, recorrem aos velhos métodos. Desta vez, em plena Assembleia Municipal, ao insulto seguiu-se a ameaça física. Fica aqui o testemunho e o meu reconhecimento à coragem e à integridade da Dra. Ermelinda Toscano, de cujo blog tomo a liberdade de transcrever o texto.
Para depois, deixarei a reacção destemperada da presidente da câmara a uma intervenção minha.
Está agonizante este poder decrépito que (des)governa Almada.
Depois das cartas anónimas injuriosas enviadas para o meu emprego (incluindo o próprio Presidente) e distribuídas pelos condomínios da rua onde moro (redigidas em calão, com alegados pormenores da minha vida íntima e apreciações pejorativas do meu comportamento privado, profissional e político);
Depois das anónimas mensagens de telemóvel e de correio electrónico com ofensas pessoais;
Depois dos comentários caluniosos (também anónimos) deixados neste blogue (tentando colocar em causa a minha idoneidade pessoal, política e profissional);
Passaram às provocações directas… mas ainda em meio virtual, através de algumas pessoas identificadas (presume-se que assumindo a sua verdadeira identidade), iniciaram no Facebook uma série de acusações ordinárias e sem fundamento. (veja AQUI as diversas notícias sobre o assunto).
Estávamos durante o período de "antes da ordem do dia", quando dois sujeitos se aproximam do lugar onde eu estava sentada e um deles resolve dirigir-se-me em tom intimidatório: «tu sim, seu …. É contigo que estou a falar, sua … Nós os dois temos umas contas a ajustar. E é já aqui. Aqui mesmo! Sua …»
Entretanto, aquele desconhecido continuou lançando impropérios, actuação que acabou chamando a atenção do público e provocou a aproximação de várias pessoas, como se pode ver nas fotografias, entre elas um deputado municipal da bancada da CDU que, finalmente, conseguiu que a personagem se acalmasse.
Qual não é o meu espanto quando venho a saber que aquela criatura boçal, suando as estopinhas, era Ramiro Norberto dirigente responsável pelas práticas vergonhosas de mobbing contra o Eng.º Jorge Abreu, com a conivência passiva do vereador dos recursos humanos e Presidente do CA dos SMAS José Gonçalves, e que temos vindo a denunciar.
Mas não pense este senhor, cujo comportamento deu uma muito má imagem da autarquia (e que deveria ser passível de procedimento disciplinar por violação grosseira do dever de correcção - n.º 10 do artigo 3.º do Estatuto Disciplinar aprovado pela Lei n.º 58/2008, de 9 de Setembro), que vamos deixar de denunciar publicamente o crime de assédio moral que, com o seu consentimento e participação activa os SMAS de Almada estão a fazer ao Eng.º Jorge Abreu.
E a nossa resposta é: amanhã será entregue uma participação ao Ministério Público para que seja instaurado o respectivo processo crime contra Ramiro Norberto.
1 comentário:
Num país com alguma civilização, uma participação ao ministério público tería sem dúvida algumas consequências. Aqui, como temos visto, por vezes o participado acaba por ser herói.
Este tipo de acções que se estão a tornar rotineiras, têm contornos de terrorismo e constituem uma enorme gravidade.
1º- Os individuos já não temem a ofensa em público.
2º- Os responsáveis hierárquicos (detentores de cargos públicos), pactuam a apoiam ao mesmo tempo que testemunham.
3º- O sentimento de impunidade, construído com teias de poderes institucionais, permite a partilha e a divisão da coisa pública como se actos de pirataria se tratassem.
4º- A consequência pode ser o descrédito total nas instituições e em situações limite, pode mesmo descambar em actos criminosos que desrespeitam a vida humana.
5º- O desespero da cidadania, humilhada, espezinhada, que numa democracia ocidental sería impensável há pouco tempo atrás, está a tornar-se asfixiante e o medo grassa com a peste nestas tristes ruas de Almada.
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