O CDS está no Governo de Portugal. Alguém consegue reconhecer na sua prática algum dos compromissos eleitorais repetidos à saciedade?
Onde está o partido que denunciava o esbulho aos contribuintes e que agora é cúmplice de um ataque fiscal feroz e insustentável aos portugueses?
Onde está o partido que afirmava a urgência de «medidas fiscais favoráveis à classe média no IRS, com aplicação imediata, seja no imposto a pagar, na retenção na fonte, ou nas condições de reembolso e pagamento»? O partido que propunha a redução gradual do IRC e do IVA?
Onde está o partido que se comprometia com o «reforço da protecção social dos casais desempregados e dos desempregados com filhos»?
Onde está o partido que reconhecia a necessidade de «um esforço suplementar, aliás elementarmente justo, na elevação das pensões mais baixas»?
Onde está o partido do «novo contrato fiscal para a redução de impostos» e do «impulso radical às micro, pequenas e médias empresas»?
Onde está o partido sa segurança e da protecção da polícia, mas que convive com índices de criminalidade preocupantes e agentes desalentados?
Onde está o partido do mar e das novas indústrias marítimas?
Onde está o partido do «programa de trabalho activo e solidário» e da «fiscalização das contratações fraudulentas»?
Onde está o partido da cultura de mérito e esforço, e que se proponha «reduzir a taxa de pobreza que envergonha o País?
Onde está o partido das políticas de família, preocupado com o declínio demográfico e defensor da natalidade?
Onde está, sobretudo, o partido democrata-cristão e personalista, que assiste impassível a ataques grosseiros à dignidade da pessoa humana?
O CDS baniu da sua acção qualquer compromisso ideológico. É um novo partido, que não respeita o seu programa e o seu património, sem qualquer linha política reconhecível. Assemelha-se a um cata-vento que sobrevive de conjunturas e lideranças entronizadas, preocupado em ser poder porque sim e porque dá jeito arrumar uns rapazes que nada mais sabem fazer na vida.
São os novos tempos de um partido democrata-cristão liderado no Parlamento por um maçon e com dirigentes confortáveis com isso.
Vamos pagar caro este colapso ideológico.
10 comentários:
Nem cheiro de qualquer lei que limite as políticas anti-família do regime.
Com o CDS acentuou-se a perseguição às famílias com filhos, como é exemplo a sobretaxa sobre o IRS de 2011 que é profundamente IMORAL para as famílias com filhos!
O CDS não se distingue do PSD!
CDS? Já foi. Bem podem trabalhar em Almada (e bem) que os vossos dirigentes nacionais só querem os frutos e os louros. Portas e companhia já tresandam,
Não é de agora que o CDS-PP deixou a democracia-cristã na gaveta. Não se esqueça que a especialidade do Dr. Portas são sound bites. Diz bem, o CDS-PP é um cata-vento populista e vazio de ideias. Há muitos anos que deixei a vida ativa no partido a que só faltava mesmo um chefe de bancada maçon.
Aquele que mais falava de feira em feira quando o CDS-PP era oposição, agora que está no governo, silencia-se e é cúmplice da desumanidade dos capatazes que assaltaram o país.
Só posso saudá-lo, Dr. Fernando Pena, pela coragem deste seu texto e pela coerência que tem sabido mostrar na sua vida política. É bom saber que na política ainda há Homens.
porque não se junta ao Basílio já que são ambos tão demo-cristãos?
http://aeiou.visao.pt/basilio-horta-um-democrata-cristao-so-pode-fazer-politica-no-ps=f644931
E por que razão que não se pode ter debate ideológico no CDS? Por que razão os congressos são meros actos de vassalagem e negócios de lugares? Por que razão insistem em apontar a porta de saída aos que se limitam a defender os princípios do partido?
Por que razão o partido não tem, neste momento, qualquer linha ideológica identificável? Por que razão alguns dos seus deputados poderiam muito bem estar em bancadas da esqerda que não se notaria a diferença no discurso?
Por que razão se expurga a democracia-cristã definida no programa OFICIAL do CDS, para dar lugar ao niilismo, ao relativismo e até às obediências maçónicas?
E o que tenho eu que ver com o Dr. Basílio Horta?
Dr Fernando Pena
O Sr pelo que vejo e tenho ouvido de si, creio ser um democrata e pessoa aberta ao livre debate de ideias.
Por isso, o Sr. é desconsiderado por aqueles que estão na política ( mormente pelos comunistas, sem excluir os outros) só e exclusivamente para se servirem dela para provento pessoal e para humilharem o ser humano à luz dos interesses pessoais e de grupos controladores, como creio serem os partidos políticos em Portugal.
Por isso, o País chegou à situação em que nos encontramos.
Andamos a eleger gente para nos roubar e ultrajar e, impedir que sejamos cidadãos com dignidade.
Um colunista de uma revista escreveu uma vez que, nos partidos portugueses, venciam os especialistas em política de sótão. Cheguei a iludir-me que no CDS não seria assim.
Infelizmente, os últimos tempos têm sido ainda mais reveladores. Fiquei, sobretudo, estarrecido ao ver como se usa a mentira de forma recorrente e despudorada.
E ver esse comportamento infame em dirigentes nacionais do meu partido deixa-me muito apreensivo em relação ao futuro do país.
Só nos faltava mesmo um CDS maçónico e jacobino. Que ABERRAÇÃO.
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