Uma Assembleia Municipal nunca deveria aprovar um texto institucional que acusa a administração de uma empresa privada de «auto-sabotagem financeira». Em primeiro lugar, é uma acusação grave, que me parece até passível de procedimento criminal, e que os eleitos não têm competência para avaliar. Em segundo lugar, a instituição tem de se dar ao respeito, e uma linguagem carroceira é desprestigiante.
Aconteceu em Almada, e só o Grupo Municipal do CDS se opôs a esta grosseria. Note-se que não se trata do uso de expressões mais duras durante o debate político, mas de uma moção ponderada e devidamente preparada. O direito de expressão e a preocupação legítima com a situação das pessoas atingidas não pode ser confundido com uma forma totalmente inapropriada de um órgão autárquico se pronunciar.
3 comentários:
Se existe instituição que tem ao longo dos anos feito "auto-sabotagem-financeira", sabemos nós bem qual é.
A sabotagem dos relógios, a sabotagem da economia urbana, a sabotagem dos subsidios a colectividades, a sabotagem dos museus, a sabotagem dos terrenos agricolas, a sabotagem das avenidas, a sabotagem do buyling profissional, a sabotagem das promoções familiares, etc, etc, etc.
Aqui, neste concelho de Almada, cumpre-se a promessa que me cansei de houvir:
A luta continua.
Quero saudá-lo mais uma vez pela pertinência das suas intervenções. Haja um deputado municipal sem medo do sistema fascista que controla o nosso concelho. Deixe-os praguejar contra si à vontade. É sinal que colocou o dedo nas feridas, e que feridas.
Só lamentarei que não seja o candidato do CDS-PP às próximas eleições. Pelos vistos o seu partido não gosta de bons resultados.
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