segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Estado de saúde

Sistema Nacional de Saúde. Unidade de Saúde Familiar do Pragal, 29 de Dezembro de 2009. Uma utente (uma palavra politicamente correcta) de 82 anos espera 5 horas por uma consulta que quase teve de mendigar, para uma assistência efectivamente necessária. Rigidez burocrática, ineficiência, falta de humanismo.

Por que razão o Estado tem de ser o patrão na prestação de cuidados de saúde? Por que não permite que o doente escolha um médico da sua confiança, sendo reembolsado por isso? Até quando teremos um Estado gordo e ineficaz que quer controlar tudo?

Este Estado que oprime a livre iniciativa dos cidadãos com pesados impostos, regulamentos paralisantes e burocracia paquidérmica arrasta consigo a herança do PREC e de uma constituição de inspiração soviética, que os portugueses vão aceitando, anestesiados ou rendidos. O feudo Almadense, controlado pelo apparatchik comunista e seus aliados, está longe de ser caso único neste rectângulo lusitano.

Por outro lado, as funções essenciais do Estado - a segurança dos cidadãos e da propriedade, a justiça, a integridade territorial e a defesa nacional - são arrastadas pela lama. Sicut transit gloria mundi.

Como na educação, a prestação de cuidados de saúde de qualidade fica quase sempre reservada aos que a podem pagar. E tudo ao abrigo de princípios que se dizem de esquerda...

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