Sistema Nacional de Saúde. Unidade de Saúde Familiar do Pragal, 29 de Dezembro de 2009. Uma utente (uma palavra politicamente correcta) de 82 anos espera 5 horas por uma consulta que quase teve de mendigar, para uma assistência efectivamente necessária. Rigidez burocrática, ineficiência, falta de humanismo.
Por que razão o Estado tem de ser o patrão na prestação de cuidados de saúde? Por que não permite que o doente escolha um médico da sua confiança, sendo reembolsado por isso? Até quando teremos um Estado gordo e ineficaz que quer controlar tudo?
Este Estado que oprime a livre iniciativa dos cidadãos com pesados impostos, regulamentos paralisantes e burocracia paquidérmica arrasta consigo a herança do PREC e de uma constituição de inspiração soviética, que os portugueses vão aceitando, anestesiados ou rendidos. O feudo Almadense, controlado pelo apparatchik comunista e seus aliados, está longe de ser caso único neste rectângulo lusitano.
Por outro lado, as funções essenciais do Estado - a segurança dos cidadãos e da propriedade, a justiça, a integridade territorial e a defesa nacional - são arrastadas pela lama. Sicut transit gloria mundi.
Como na educação, a prestação de cuidados de saúde de qualidade fica quase sempre reservada aos que a podem pagar. E tudo ao abrigo de princípios que se dizem de esquerda...
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