domingo, 1 de abril de 2012

A deriva maçónica do CDS

1. O Dr. Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, sugeriu a demissão do Dr. Ribeiro e Castro. Compreendo. O Dr. Nuno Magalhães, na sua obediência maçónica, não aceita que alguém prefira obedecer à sua consciência. Mas podia, pelo menos, respeitar tudo o que o Dr. Ribeiro e Castro já deu ao partido e ao país.


2.Enquanto militante do CDS, é com alegria que vejo conselheiros nacionais leais ao património ideológico do partido, firmes nos princípios, rectos nos juízos. Obrigado, Fernando Camello de Almeida, Filipe Anacoreta Correia, Filipe Matias Santos, Gonçalo Vassalo Moita, João Osório, José Gagliardini Graça, João Lencastre e Távora, José Manso Preto, Miguel Saldanha Alvim, Pedro Melo, Pedro Pestana Bastos e Pedro Sampaio Nunes.


3. O Conselho Nacional do CDS rejeitou uma proposta para manter o partido fiel ao seu Programa, à sua Carta de Princípios e à sua história. Cada vez mais vazio ideologicamente, o CDS è um cata-vento de circunstância, em que o único critério visível é a vassalagem à Direcção Nacional.  Na sua deriva maçónica, o CDS de hoje é uma caricatura que me envergonha enquanto militante. Pobre partido...

7 comentários:

Anónimo disse...

Pode o líder parlamentar do único partido político português que possui características da Democracia Cristã (CDS-PP) pertencer á maçonaria?
A Igreja Católica sempre recomendou aos seus fiéis que não se inscrevessem em associações que se declarassem ateias ou, dizendo-se deístas, recusassem a existência de um Deus pessoal que se revelou na história através da pessoa de Jesus, homem e Filho de Deus. Entre essas associações encontra-se a maçonaria.
O Código de Direito Canónico de 1983 afirma: "Quem der o seu nome a uma associação, que maquine contra a Igreja, seja punido com pena justa; quem promover ou dirigir tal associação seja punido com interdito". (cânon 1374).
Não tem faltado o diálogo entre católicos e maçons, sobretudo depois do Concílio Vaticano II. Reconhece-se que a Maçonaria não é um bloco único, mas reparte-se por diferentes “maçonarias” (regular e irregular, apolítica e política, religiosa e anti-religiosa, etc.).
A Conferência Episcopal Alemã publicou, em 1980, uma Declaração, após um estudo prolongado e sério sobre a maçonaria, os seus princípios e rituais, que concluía que havia oposições fundamentais e insuperáveis entre ambas as partes: "A maçonaria - diziam os bispos alemães - não mudou na sua essência. A pertença à mesma questiona os fundamentos da existência cristã. (…) As principais razões são as seguintes: a cosmologia ou visão de mundo dos maçons não é unitária, mas relativa, subjectiva, e não pode se harmonizar com a fé cristã; o conceito de verdade é, também, relativista, negando a possibilidade de um conhecimento objectivo da verdade, o que não é compatível com o conceito católico. Também o conceito de religião é relativista (…) e não coincide com a convicção fundamental do cristão, o conceito de Deus simbolizado através do "Grande Arquitecto do Universo" é de tipo deístico e não há nenhum conhecimento objectivo de Deus no sentido do conceito pessoal de Deus do teísmo, e está impregnado de relativismo, o qual mina os fundamentos da concepção de Deus dos católicos (…)”.
Em 1983, foi publicada uma declaração assinada pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que relembra que os princípios da maçonaria são incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçónicas não podem receber a Sagrada Comunhão: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.html

EMALMADA disse...

A demagogia de Paulo Portas nunca me convenceu.
Hoje está provada a razão do meu cepticismo relativamente a este personagem.

Onde está o reforço da segurança pública e o combate à insegurança e criminalidade (que os cidadãos cada vez mais sentem), que era um dos cavalos de batalha desse sr. sempre que aparecia na TV a propósito de assaltos, crimes e roubos?

Fernando Sousa da Pena disse...

Tem razão, caro EMALMADA. Tenho pena de não ter tido a sua perspicácia na devida altura.

Fernando Sousa da Pena disse...

Líder parlamentar maçon num partido de matriz democrata-cristã? Pois...

Fernando Sousa da Pena disse...

«Afinal, hoje, no CDS só cabe a “pluralidade” que o líder determina rigorosamente sozinho, tendo ontem ficado claro, pelas várias admoestações e ameaças feitas, que o caminho é “a evolução”… para o relativismo axiológico.»

(...)

Infelizmente o CDS, refém da actual direcção, é pequenino e nele impera uma perspectiva paroquial da política.

Deplorável foi também no mesmo Conselho Nacional a vil humilhação infligida pelo presidente e vários deputados do partido, e mais alguns desconhecidos, ao antigo dirigente Ribeiro e Castro, ironicamente por causa da sua posição à revelia da disciplina de voto no dossier da reforma do código de trabalho. A sua cabeça foi reclamada com despudorada insistência.

Na ressaca de uma dura noite, gostaria de lembrar a muitos dos actuais deputados e governantes centristas de que o deslumbramento é uma arrogante cegueira que os afasta da realidade e, por consequência, do homem da rua, cada vez mais desiludido e descrente na participação cívica.

Àqueles que na sexta-feira promoveram um tão lastimoso espectáculo exige-se que defendam o partido que representam, e que não se esqueçam de cumprir as promessas eleitorais sufragadas, libertando a população do assalto fiscal, renegociando as parcerias público--privadas que consomem os nossos recursos e comprometem a nossa soberania.

Ao fim de muitas horas de desconchavos, a nossa proposta de veiculação do partido à sua matriz axiológica foi rejeitada pelos conselheiros. Com esse facto e com este paradigma, terá nascido um novo CDS? Se nasceu, é o tal fenómeno a que Portas insistentemente classificou de evolução. Nós chamamos-lhe adulteração. Querem atirar-nos para as margens, ou simplesmente borda fora? Fica a interrogação.»

(João Távora)

Anónimo disse...

OH Franscisco deixe lá o partido e dedica-se a Almada porque é o único na oposição que vale alguma coisa. è uma pena não ser do PS para tirar a Emilinha do poder.

Fernando Sousa da Pena disse...

Suponho que o Francisco sou eu... Agradeço o cumprimento, mas não tenho pena de não ser do PS. E há mais pessoas a trabalhar para o bem de Almada.