sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A velha Torre Velha







































A Torre de S. Sebastião (Torre Velha) é uma fortaleza do século XV localizada entre as enseadas de Porto Brandão e da Paulina, mandada edificar por D. João II no lugar do antigo Forte da Caparica, para, em conjunto com a Torre de Cascais, promover a defesa da entrada do rio.


O seu nome data de 1570, quando a torre foi reedificada. Entre 1580 e 1640 foi conhecida como Torre dos Castelhanos, sofrendo alterações estruturais durante a dinastia filipina. A designação Torre Velha foi adoptada pelo povo, em oposição à mais recente Torre de Belém. Viria, nos séculos XVII e XVIII, a sofrer algumas transformações e acrescentamentos, sendo utilizada, no século XIX, como lazareto e, posteriormente, como mero depósito e alojamento.


De acordo com o IPPAR, «a Fortaleza da Torre Velha é um dos mais importantes exemplares da arquitectura militar renascentista portuguesa, uma vez que foi dos primeiros sistemas integrados de artilharia para defesa da barra de um estuário desenvolvidos em Portugal». É, aliás, quatro décadas anterior ao instalado no rio Tamisa e muito considerado pela população e pelas autoridades londrinas.


Segundo Raul Pereira de Sousa, um profundo conhecedor da história de Almada, a torre é um dos mais notáveis monumentos militares do estuário do Tejo e a mais antiga fortificação marítima portuguesa. Conserva da construção inicial ainda importantes elementos.


O monumento nacional, assim homologado em 1996, permanece esquecido, ameaçado por graves problemas de estabilidade e sem qualquer estudo arqueológico. O seu estado de abandono é indecoroso e resulta da incúria das entidades públicas com competência para resolver e denunciar o problema.


O CDS-PP, durante o mandato na Assembleia Municipal de Almada de 2002 a 2005, concretizou em duas moções o compromisso feito durante a campanha de 2001, exigindo a recuperação do imóvel e a requalificação de toda a zona. Reuniões de comsissões, troca de correspondência com o governo e, depois, assunto fechado na gaveta, que esta autarquia está mais preocupada com realidades virtuais ou com a extensão até ao paroxismo da especulação imobiliária.

1 comentário:

Anónimo disse...

A tristeza de um concelho deixado 30 anos nas mãos dos comunistas e dos que não lhes fizeram frente.